quarta-feira, 23 de abril de 2014

Continuo Com a Chama Acesa...até apagar

De volta à nossa viagem, fiquei sabendo que leila ajustou as coisas com Sissa: ela irá morar em uma casa alugada , onde Leila será a fiadora, e o aluguel será pago por ela. A conferir . Foi bom estar com Lei mais tempo. Vem mais intimidade, companheirismo, e nós já não esperamos coisas alguma de nossas vidas. Portanto, sem um papel a cumprir tudo fica mais fácil e rola com naturalidade . Fico lembrando da Sissa como essas luzes de árvores de Natal: piscam e piscam, lembro e esqueço . Ainda não posso compreender o que aconteceu , mas já sei que Ramon cortou os fios comigo . Sou um passageiro quase normal e seria normal se a nossa empresa não gastasse um dinheiro grande na empresa deles . Mas Andréia continua a ser quase uma querida . O que ela parece querer eu também quero. Mas...somos de lugares diferentes , muuito , moramos cada um numa ponta do mundo, vivemos perigosamente , vivemos nos raspando , nos encontrando mas temos que nos separar , essas coisas. E tem a questão da palpabilidade. Quero algo que seja simples, real, presente. Não quero nada que não seja como eu quero, afinal não estou precisando nada, o que não quer dizer que não esteja querendo . Mas , tipo com Leila a vida pode ser quase completa , com a Andréia quase completa, e eu quase não estou querendo porra nenhuma assim. Vou estar viajando no final do mês, semana que vem , e Andréia e eu combinamos de passar juntos , em Londres e outros lugares, porque vou trabalhar e ela vai descansar 10 dias. Acho que pode ser bacana . Não tenho pensado sobre os livros que leio .É importante para mim sentir a coisa da idéia de cada autgor . Minha fase japonesa terminou com o último livro de Mishima. O que estou lendo agora, dele, é o caminho final para a morte. Não é propriamente um livro, mas chama-se Sol e Aço e conta a trajetória dele para dar um sentido de consci~encia ao corpo . Depois de atingir todos os limites ele fo à Delegacia Centgral de Tóquio e cometeu sepuku . Essa coisa fica parada no ar. Pena não poder partilhar tanta coisa com a Sissa. Pena saber que, daqui um pouco mais de tempo seremsos estranhos . Pena que a vida não seja justa. Pena que ela ainda não saiba me dizer o que sente , com toda a franqueza que sempre tive. Pena porque vai ficar umburaco no peito, algo que não poderá fechar porqu e é o amor de uma vida . Especialmente a pena pelos que perdem sem saber. Agora posso imaginar quando alguém perde uma pessoa querida e nem sabe como foi, o que rolou , se ela está viva ou morta, essas merdas que dão um breque nos sentimentos mais íntimos e , se a gente não tomar cuidado, pode ficar com a falsa noção de que não vale a pena sentir merda alguma. Pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário